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Representantes dos povos originários estão presentes no TJPR

REPRESENTANTES DOS POVOS ORIGINÁRIOS ESTÃO PRESENTES NO TJPR CNJ lança campanha para Recadastramento de Dados Étnico-Raciais do Poder Judiciário no Dia dos Povos Indígenas   19/04/2023   Atualizado há 293 dias Conhecer a representatividade das persas etnias brasileiras no Poder Judiciário é um dos objetivos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para implementar o Pacto Nacional do Judiciário pela Equidade Racial. No Dia dos Povos Indígenas, 19 de abril, o CNJ lançou a campanha para Recadastramento de Dados Étnico-Raciais. Até o dia 14 de maio, as informações sobre raça e cor de magistrados, magistradas, servidores, servidoras, terceirizados, terceirizadas, estagiários e estagiárias devem ser atualizadas nos sistemas internos dos tribunais. No Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR) trabalham atualmente quatro representantes de origem indígena autodeclarados, entre eles, o técnico judiciário Luiz Augusto Costa Rosa Lemos, na Secretaria da Direção do Fórum da Comarca de Santa Fé (PR), e a estagiária Camila Natalia Amajunepa, na Divisão de Controle Patrimonial do Departamento do Patrimônio em Curitiba (PR). Luiz Augusto, 40 anos, trabalha no TJPR desde 2010.  Ele nasceu em Brasília e é neto de Jacira Indígena Amazonas, que foi retirada pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), quando tinha 4 anos, de uma aldeia Macuxi, em Roraima. Sua avó não lembra dos pais e o seu sobrenome foi criado pela Funai. Ela foi levada para o Rio de Janeiro, onde estudou e casou, se mudando em seguida para Brasília, para trabalhar no Ministério da Economia. Jacira é aposentada. Em 2006, já formado em Direito, Luiz Augusto foi trabalhar na Funai fazendo  trabalho de campo em terras indígenas. “Foi nessa época que fui procurar saber sobre a minha etnia, foi quando eu tive contato com a história do meu povo. Eu tenho todos os traços, minha avó é uma índia mesmo, mas conheço pouco da minha cultura de origem”, lamenta Luiz Augusto, que não tem boas lembranças sobre as comemorações do dia dedicado aos indígenas na sua infância, em Brasília. “Eu ficava muito em evidência, tinha que colocar cocar. Nos últimos anos, com o massacre dos povos indígenas no norte do país, eu não tenho mais fantasias, eu penso que as escolas deveriam mostrar como os povos originários foram dizimados desde a colonização, vivemos em uma sociedade ainda muito preconceituosa”, afirma. Camila, 25 anos, é do Povo Indígena Umutina, território que fica a 190 km de Cuiabá (MT), e estuda Gestão Pública na Universidade Federal do Paraná (UFPR). “Vim para Curitiba estudar, sonho em atuar na área pública por termos poucos representantes indígenas nesses espaços, creio que, para uma política inclusiva, todos esses espaços devem ser representados”, afirma Camila. Apesar de sentir falta da aldeia onde nasceu e cresceu, Camila está determinada a prosseguir seus estudos e trabalhar pelas causas indígenas. “Com o tempo me adaptei, mas eu sinto saudades de casa, dos rios, de dormir e acordar com os cantos dos passarinhos, da minha família sempre reunida, das comidas, dos peixes, da carne de caça, da mandioca”, contou.  O estágio no TJPR, iniciado em 2022, também ajudou na sua adaptação. “Eu gosto muito de trabalhar aqui, todos são ótimas pessoas, me sinto muito bem acolhida, aprendo muito”. Eventos como a Semana dos Povos Indígenas, que destaca as pautas do movimento indígena, o enfrentamento do preconceito, as políticas públicas e as demarcações territoriais, na opinião de Camila, são fundamentais. “A gente dar visibilidade a isso é muito importante para quebrar as barreiras que estão enraizadas pela colonização”, explica. “O que se nota é que poucos reconhecem os povos indígenas como povo originário deste país. Eu nasci e cresci dentro do território, essa transição foi bem difícil. Mas sei que tudo isso vai valer a pena depois.” Os critérios de classificação para atualização dos dados funcionais nos tribunais seguem os critérios de classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e são definidos por autodeclaração: amarelo(a), branco(a), indígena, negro(a)-pardo(a), negro(a)-preto(a) ou sem informação. Participam da campanha também o Superior Tribunal de Justiça (STJ), o Tribunal Superior do Trabalho (TST), o Conselho da Justiça Federal (CJF) e o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT).   Dados sobre o recadastramento estão em www.cnj.jus.br/recadastramento. Fotos da aldeia Umutina (MT) cedidas por Camila Natalia Amajunepa    
19/04/2024 (00:00)
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